quarta-feira, 30 de novembro de 2011

ALGURES NUM SONHO

Aguarela "Algures num sonho" de Setembro de 2001. Simples, apenas com uma cor, porque não necessitava de mais.

EXPOSIÇÃO

Jornal com indicação da exposição, a última em que participei, em Abril de 2002. Junta de Freguesia de Santa Maria de Belém.


DESTINO

Aguarela com o tema "Destino".
Foi propositado o facto de deixar a figura sem rosto! Pode ser qualquer pessoa...


Vou num barco

 Vou num barco para o céu
e não sei se vou voltar,
vou num barco para sempre
navegando neste alto mar!
Vou num barco de menino,
ao leme o sonho acompanha,
não sei se apanho o destino,
ou se o destino me apanha!
Vou num barco para o mundo,
vou cansado e a olhar
p'ró meu barco que não tem fundo,
onde só navego a sonhar!

Fernando G.


DOIS

Aguarela que serviu de ilustração para convite para a última exposição em que participei! Chama-se "Dois".


DOIS

Se eu fosse mar, 
serias nele a sereia...
Se eu fosse tempo,
serias cada segundo...
Se eu fosse praia 
amar-te-ia na areia...
Se eu fosse Deus,
beijava-te o rosto,
chamava-te mundo!

Fernando G. 

ARRISCAR e EXPERIMENTAR

Para se conseguir evoluir há que arriscar, em tudo na vida! Experimento usar suportes de papel de cores diferentes ou mesmo preto, para tentar alcançar brilhos, tonalidades fora da normalidade do que é simplesmente desenhado ou pintado.

Três trabalhos de pastel branco sobre cartolina preta, com toques de cores de terra no segundo.



 Luar

O DESENHO COMO BASE DE TUDO

Para elaborar qualquer um dos meus trabalhos, em aguarela, acrílico e carvão o desenho é a base fundamental! Se ficar bem feito e definido, todo o resto do trabalho será mais facilitado! É certo que por vezes parto para a pincelada, mas muito raramente o faço! Não sou de muitos abstractos, porque ao passar os meus sentimentos para o que faço, normalmente esses sentimentos têm imagens e recordações reais que os alimentam!!!
Este é o desenho ainda inacabado de uma cria de lobo, um exercício em grafite a partir de imagem de revista! Não é original mas serve para exercitar o traço e os olhos!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

TRABALHO EM EXECUÇÃO

Ainda não sei o que vai surgir aqui, mas que me está a deliciar, está! É um acrílico sobre tela de cores fortes, intenso, com pastas e cores acamadas, à volta do quente do hipotético inferno!!! A terminar!!!



O ESPAÇO

É neste espaço onde eu agora pinto e desenho! Devo-o à Carla e à sua família, gente que também tem muita arte na alma e muita paciência para ter espaço ocupado por coisas minhas e por mim!!!

Obrigado!!!

CARLA

Vês agora alguma lágrima no meu rosto?
Vês se tenho nele o peso do tempo?
Vês se as portas do meu sorriso continuam fechadas?
Não tenho frio, agora!
Quente vai o meu corpo
E a minha alma!
Quente, como um carinho de um beijo
Ou o afago de uma mão no cabelo!
Vê como trago o céu azul nos lábios!
Vê como eu não me sinto só agora,
Porque se consegue ver,
Neste coração que de tanto bater
Quase me salta fora!
Se me perguntam
Sem saberem
Quem me fez voltar a ser homem
Eu lembro-me do teu rosto
E digo
Há destinos que estão escondidos e se descobrem,
Como um filme cheio de coincidências
Ou um quadro pintado a pastel
E a gente que se pensava morta
Ressuscita
E a vida volta a cheirar a flores e saber a mel!
Que não partas nunca!
Que o tempo que falta na vida se desdobre,
Que eu seja a tua mão na minha,
Cada palavra na tua boca,
Cada pensar, como tu és em mim
E que oiça amor todos os dias
Para lá da terra, para lá do tempo,
Para lá do fim!

1 de Setembro de 2010

MARVÃO

Aguarela de Marvão, elaborada com base de fotografia do local. 

ALGUNS EXERCÍCIOS

Deixo-vos alguns exercícios e tentativas de exercícios, esboços realizados por mim! Não é costume fazê-los uma vez que sou de arriscar e colocar tudo imediatamente no papel ou na tela! Lembro que se tratam de exercícios, de exploração de temas de cores e traços...






SINTRA

Aguarela de Sintra, Rua do Arco do Teixeira. Feita em apenas um dia, junto à janela da minha sala, com base em fotografia minha. Senti cada pedaço de pedra, cada pincelada de parede, cada sombra! É a minha melhor aguarela, oferecida ao meu irmão!


Esta terra que me beija

 
Cresço nos braços da terra onde caminho
Filho dos montes, dos vales, das montanhas,
Enrolado em folhas e lençóis de linho,
Poemas perdidos nas entranhas…
Cresço, sem deixar de ser criança
Um sorriso de palhaço no choro triste,
Uma vida nesta vida que em todo o lado existe
Onde os meus pais criaram a esperança…
Nas minhas mãos as marcas dos meus passos
Nos meus olhos as cores que voltei a pintar
E na face todos os sonhos ganhos e perdidos…
E trago a minha vida nos meus traços,
Sou da terra, do fogo e do mar
Do amor que faço com todos os sentidos…

Fernando G.

ESCULTURA

Mais um trabalho a carvão dos primeiros elaborados a título de exercício, por volta de 1995! Trata-se da reprodução de uma escultura a carvão. A esse trabalho juntaram-se mais dois, o de uma escultura de uma sereia e uma esfera imaginária!


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

AGUARELA DE LISBOA - MIRADOURO DE SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA

Aguarela a partir de fotografia captada à noite numa altura de quase chuvada!!!!
Estávamos em 1996!!!


LISBOA


Minha eterna Lisboa,
meu pedaço de terra doce e amarga,
deixa-me acordar em cada tua madrugada,
numa das tuas camas, viradas para o rio, nas tuas ruas, na tua calçada!
Quando te cheiro, Lisboa, sou um vendedor de castanhas, de gelados
ou um puto contente, a correr na Mouraria
e sou uma gaivota a beijar o Tejo,
o cacilheiro, o Nicola,
as velhas na janela, o fado, o Bairro Alto, a folia!
Em ti chorei a morte, chorei a vida
e ri de ambas, de partida
de um sonho encontrado e perdido.
Em ti me fiz gente, me fiz lume,
fogo, desejo, paixão!
Em ti busquei palavras, busquei amor
nas pedras frias do chão!
Se este mar enorme que há em mim
desaguasse no rio que te toca,
os teus caminhos seriam lagos de lágrimas,
navegados por barcos de papel,
seriam espaços de água imensa
a molharem os teus pés
e tu toda serias minha,
tão Lisboa, tão brilhante como és!
Minha eterna Lisboa,
cada vez que cai a noite sobre ti,
pareces saída dos meus sonhos,
traçada a carvão por um pintor qualquer...
pudesses tu ser alguém
e serias, com certeza, poema em forma de mulher...

Fernando G.

PRIMEIRO QUADRO A GUACHE

Este foi o meu primeiro quadro. Pintado com tempo e com paciência, está na posse da minha mãe.
É um guache e representa um largo no Barreiro, paisagem moldada pelas casas dos pescadores e por ruas empedradas que não se vislumbram em muitos lados desta cidade! Soube-me bem fazer este quadro!!! 


Algum tempo depois comecei também a fazer aguarelas, com a minha caixa Van Gogh, que mantenho até hoje, substituindo ocasionalmente as pastilhas das cores mais usadas!
Por esta altura fiz também a minha primeira exposição, em conjunto com uma colega, com trabalhos em aguarela, de ruas do Barreiro, de Lisboa e uma janela da torre de Belém. Vendi o meu primeiro quadro nesta exposição conjunta, uma aguarela do Tejo, junto à denominada Avenida da Praia, no Barreiro também. Não tenho fotos das dezenas de trabalhos feitos nesta altura. Tanta pena!!!




domingo, 27 de novembro de 2011

PRIMEIRO TRABALHO FOTOGRAFADO

Foi o primeiro trabalho que registei! Andava eu na galeria Camarro, no Barreiro, espaço onde aprendi algumas coisas mas sobretudo onde tive liberdade para o que já sabia fazer.
É o estudo de um pano, feito a carvão sobre papel. O papel era tão fino e sofreu tanto que acabou colado na retaguarda com fita cola. Ainda sei onde está este trabalho!!!


E olhem para mim, com o meu amigo Mário e outros que não identifico porque não me apetece, nas nossas aulas de pintura, mais especificamente na concretização de um quadro para o mestre!!! Eu era tão magro!!!!!


POSSO REPRODUZIR O TRABALHO A CARVÃO OU FAZER ALGO IDÊNTICO PARA ENCOMENDAS!

A RAZÃO PARA RENASCER

Pode não ser muito comum começar este blogue com um trabalho que não é meu mas tem uma razão de ser! Foi por causa deste trabalho que retomei as conversas sobre pintura e cresceu novamente o meu interesse por algo que tinha deixado de fazer por volta de 2002.
É um trabalho complicado, com tonalidades várias de sol sobre o mar, num por de sol que beija a água e os barcos. Transporta-me para a calma de certas paisagens e momentos da minha vida, dando-me uma sensação de suavidade na forma como as cores se diluem no céu e ao mesmo tempo uma sensação de quietude, que todos nós merecemos ter na vida nem que por instantes.
Foi por esse trabalho que aprendi a voltar a amar a pintura e a voltar a amar...
É da minha companhia e alegria Carla Neves. Amo-te!


A 2 de Setembro de 2010 eu comentava o quadro assim:


"Escuro, a lembrar o cair do pano do dia. Sem linhas excessivamente definidas, jogando bem com os claros, com a pouca luz para definir as formas! E são os barcos que, como sempre, mesmo sem ninguém dentro, dão vida à água!!! São as coisas simples que mais significado têm! Fabuloso!!!"

ESTE ESPAÇO DE CORES E DA MINHA ALMA

Renasci! Como que a recomeçar algo que nunca deveria ter sido interrompido! Retomei o gosto pela cor que me saía dos dedos e recomecei a pintar! Encontrei a minha alegria!!!
Este é o meu renascer, este espaço onde a partir deste momento colocarei trabalhos meus, dicas, poesias feitas por mim a acompanharem as cores e os traçados que me forem surgindo na vida. É também o espaço onde deixarei a todos possibilidade de partilharem o que faço e de o terem convosco, com alguns trabalhos para encomendas, deixando-vos usufruir do que sei fazer de melhor quando me colocam um lápis ou um pincel à frente...
Vamos aos poucos, mas vamos, por este meu caminho de cor, salpicado com aquilo que sinto e com aquilo que sou e que nasceu comigo e transporto nestes olhos e corpo de homem com alma de criança!!! 

Gonçalves